A relação entre aborto e clima.

Dizer que a bandeira ambientalista é, em sua maior parte, mero pretexto para controle social e econômico não é algo novo. Mesmo assim não são tão claras as implicações lógicas dessa bandeira. Uma delas deve ficar gravada a fogo na mente de quem insiste em repetir sem maiores reflexões essa ladainha. Se a influência humana é tão forte sobre a dinâmica climática do planeta, uma ação válida na defesa do planeta é reduzir a população mundial. E aqui nós temos uma enormidade de ONG’s muito bem intencionadas e plenamente dispostas a se encarregarem do fardo de administrar milhões em recursos financeiros em prol do aborto…ops… digo… “planejamento familiar”…  Para toda essa gente o aborto é só uma evolução de métodos contraceptivos, é o produto a ser comercializado.

Uma reportagem publicada em 2018 divulgava uma série de vídeos que expõe de modo terrivelmente cruel a realidade do aborto. Os relatos são dos motoristas de caminhão responsáveis pela coleta do “lixo” das instituições de aborto para posterior incineração. Pedaços do “lixo”eram separados em sacos vermelhos, azuis e caixas lacradas.

Tenha em mente que esses “pedaços” eram pernas, braços etc, e nada de tudo isso fazia parte de algum brinquedo de montar e desmontar. Todos esses “pedaços” são o resultado real de uma política de “planejamento familiar”. ( 1 )

Para salvar o planeta

De 1.º a 12 de novembro deste ano será realizada a 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que será sediada em Glasgow, Escócia. Mas antes disso (de 28 deste mês até 2 de outubro) ocorrerá, em Milão, Itália, a Pre-COP em que se espera que mais de 190 países anunciam seus objetivos sobre o clima.

No final do mês de agosto, mais de 60 organizações promotoras do aborto enviaram uma carta ao Governo do Reino Unido em que pedem para incluir o financiamento para “contracepção” em seu orçamento de 11 bilhões de libras (quase 79 bilhões de reais na cotação atual) para o clima.

Entre as signatárias encontra-se a milionária abortista Marie Stopes International, cujo diretor, Bethan Coble, justificou o pedido afirmando que “estamos ouvindo alto e claro das comunidades e mulheres e nossos clientes, que são os mais afetados pela crise climática, que o que elas realmente querem é acesso à saúde reprodutiva, para que possam fazer escolhas sobre quando ou se terão filhos”.

A matéria faz menção a um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente que afirma que o investimento em “‘planejamento familiar em comunidades locais’ ajudaria a enfrentar as crises do clima, da biodiversidade e da poluição e seria crucial para que as mulheres assumissem papéis de liderança à medida que as comunidades se adaptem”.

Apesar do conclusão contundente, em nenhum lugar afirma-se como o aborto poderia influir nas mudanças climáticas, apenas cita que estas podem gerar crises econômicas que dificultem aquele, ou ao menos colocam mulheres em situação de maior vulnerabilidade. (2,3,4)

1 – Facebook – Abortar Para Salvar Meio Ambiente.

2 – We used ‘big ovens’: Shocking videos expose abortion mills’ disposal of aborted babies – LifeSite

3- ‘Use your £11bn climate fund to pay for family planning,’ UK told | Global development | The Guardian.

4 – ONGs querem fundos de combate a mudanças climáticas para programas de aborto | Gazeta do Povo.

5 – ONGs pedem fundo destinado ao clima para projetos abortistas | Mundo | Pleno.News

A violência cristã no Brasil.

Texto originalmente publicado em 29 de julho de 2015 – https://bit.ly/3A3jdar

Não deve ser um “fato desconhecido” que existe um constante ataque contra a religião Cristã. Vira e mexe pululam postagens que tem como único objetivo ridicularizar aqueles que a professam. Entretanto, enquanto para alguns esse comportamento tem por base uma natural repulsa a visível manipulação de sentimentos dos fiéis por parte de alguns dirigentes de grupos religiosos, outros apenas nos brindam com um ataque malicioso, por vezes bem articulado, que tenta associar tudo de ruim a mencionada crença. Nesse cenário, eu assumir que sou cristão, serve como uma espécie de comprovação de que eu seja uma pessoa “homofóbica” ou potencialmente “assassina”, além de eu ser, obviamente, alguém com algum grave dano neurológico.

A mensagem na foto que abre este texto, faz parte do grupo que tenta associar violência a religião Cristã. Observem que no cenário brasileiro atual é sempre muito difícil ver uma crítica a religião Muçulmana, o que pode nos fazer refletir sobre as intenções reais de quem redigiu a postagem. Ora, se o que motiva a postagem é uma critica a violência provocada pela crença de um indivíduo, então o campo de análise tem sim de incorporar as religiões, (todas) mas também sistemas sociais e políticos. Tem de tocar tudo aquilo que alguém faça impulsionado por “crença”. Clarear o sentido do que se entende por “crença”. Avaliar os valores que tal “crença” simboliza ou efetivamente representa. São “virtudes” ou são “vícios”? Em outra oportunidade lancei uma reflexão sobre o mesmo tema (1).

Será que tem algum sentido acreditar que no Brasil há uma direção política a embasar os ataques a religião Cristã? E pode bem ser que tal preferência não se dê por um reconhecimento de valor dos preceitos religiosos, mas por puro e simples reconhecimento de força de influência.

A própria postagem mostra números. Se temos um país com 86,8% de sua população identificada como Cristã (a ampla maioria), temos uma característica conservadora na população. Mas também sabemos que muitas pessoas que se identificam como “fiéis”, igualmente se identificam como “não praticantes”. Embora possa parecer um mistério como alguém consegue reconhecer verdadeiramente uma virtude e não praticá-la, é fácil perceber que, ao menos em alguns casos, o “não praticante” tem o sentido de que a pessoa não participa dos ritos que o grupo possui, embora procure ter os ensinamentos que reconhece como virtuosos entronizados em seu ser.

Brasil vs Suécia – Sutil comparação.

O que há de “fato desconhecido” na informação da foto que abre este texto?

Vamos comparar as populações dos dois países.

A população da Suécia está estimada em 9,5926 milhões de pessoas. (2) A população Brasileira está estimada em 200,3619 milhões de pessoas. (3) Esses números absolutos são importantes para que possamos avaliar melhor os números percentuais. Notem que o comentário coloca em percentual o número de cristãos no Brasil, mas não coloca em percentual o número de mortes no Brasil, levando igualmente em conta o total da população.

Façamos a seguinte pergunta:

Se num total de 200 milhões de pessoas temos 86,8% da população identificada como cristã, quanto vale percentualmente 56 mil homicídios em 200 milhões de pessoas?

Menos de 0,5% do total!

Então, nesse contexto, se colocarmos os homicídios em números percentuais considerando o total da população brasileira, tendo em vista o percentual que a foto aponta como sendo o de cristãos no Brasil, o comentário possa ser interpretado ao contrário, e as mortes possam estar associadas, em verdade, a crença ateia ou agnóstica.

Reflita na premissa defendida na imagem de abertura.

Se temos uma população majoritariamente cristã e a influencia negativa é tão forte como a imagem afirma, o número de mortes teria de ser muito maior para que o argumento fosse válido. Se assim não é, então, não há nada de estranho em considerar que o número de mortes possa estar, em verdade, associado aos grupos não cristãos especificamente, ou religiosos de um modo geral.

Certamente um leitor mais atento poderia argumentar assim: “Você não entendeu a imagem. O que ela significa é que com o monopólio religioso do país, não sobra espaço algum para outras influências!, Logo, não tem sentido reduzir percentualmente a influência cristã nos homicídios que ocorrem no Brasil.”

Tem certa lógica a argumentação, pois se ela domina, então faz sentido dizer e imaginar que exerça a maior influência. Mas para sabermos em que, exatamente, ela exerce a maior influência, precisamos atentar para o comportamento majoritário de seus integrantes. Qual é o comportamento desse enorme grupo de pessoas?

Reflita com calma, pois, igualmente lógico é o argumento de que seja justamente a forte influência da religião cristã na população, o fator decisivo para que a maioria da população não seja violenta, sendo a religião um meio de “controle” dos eventuais instintos violentos da ampla maioria das pessoas que a professa. Note que estou falando de um grupo de mais de 160 milhões de pessoas, grupo em que a maioria dos indivíduos não tem cedido a impulsos violentos, e isso segundo a própria imagem!

Quero aqui citar o estudo “Moralidade e homicídio: um estudo sobre a motivação do transgressor” (4), que apresenta reflexões bem oportunas a respeito da influência religiosa naqueles que cometeram um homicídio. É importante considerar que neste momento estou focado apenas na questão religiosa, deixando de lado influências de cunho social, econômico e político.

O estudo avalia os motivos alegados por aqueles que cometeram um homicídio, questionando cada uma dessas pessoas sobre como elas avaliam os motivos que as fizeram matar outra pessoa, no momento do ato, e atualmente. A intenção é averiguar se os motivos alegados permaneceram válidos até os dias de hoje. Entre os entrevistados nenhum aponta motivação religiosa para o crime, mas mencionam a influência religiosa como motivadora de arrependimento. Deixo o trecho abaixo, o destaque é meu.

“Por outro lado, notamos que a justificativa ‘por causa de motivos religiosos’ ocorre somente no presente, pois os entrevistados sugerem ter modificado seu juízo de valor acerca do motivo, justamente por causa de uma experiência religiosa que não possuíam antes do crime. Sabemos da grande inserção de crenças religiosas (variadas) nos presídios, o que ocasiona para muitos internos uma possibilidade de se vincularem a alguma delas e de seguirem os seus ensinamentos após a liberdade condicional. Por esse tipo de justificativa, podemos pensar que, mesmo não tendo havido perdas para aqueles que cometeram o crime de homicídio, uma parcela deles poderia ainda ter modificado seu juízo de valor acerca do motivo que teve, em função de uma escolha religiosa, que os faria perceber diferentemente o que fizeram, passado esse período de tempo. Diante dessa discussão vemos a necessidade de outras pesquisas que possam abordar especificamente essa possível relação entre a religião e o juízo de valor moral”.

Embora o estudo não afirme que a religião seja suficiente para impedir que uma reincidência (prática de outro homicídio) aconteça, deixa claro que os entrevistados não eram fiéis antes do homicídio. Só por essa informação eu já teria base para ligar os crimes ao ateísmo se eu acaso quisesse copiar o estilo de quem postou a foto. Entre os entrevistados 20% dos que cometeram crimes e se arrependeram justificaram o arrependimento por motivos religiosos.

Mas, seguir nessa linha de interpretação não é o correto, na verdade, é uma pegadinha, uma armadilha para desviar o foco.

O truque está em colocar a informação de tal modo que de a impressão de que todos os homicídios no Brasil são efeitos da religião cristã ou da religião em geral. E aí vão seguir as argumentações sobre a influência da religião no indivíduo e seu papel na sociedade. Discussões sem fim que praticamente não tocam na intenção real desse tipo de informação.

É óbvio que não estou afirmando que tal ou qual grupo religioso tenha relação direta com a quantidade de homicídios, proponho, a princípio, uma reflexão sobre a influência da religião, mas apenas com a intenção de demonstrar que  mesmo nessa base a informação não tem sentido.

Em segundo lugar quero chamar a atenção para outras possíveis influências ao aumento da violência.

A violência. Um pouco além da religião.

Uma coisa que aprendemos em cursos de gestão é que o melhor modo de avaliar uma situação é por números percentuais, todo o restante deturpa a realidade. Provavelmente quem redigiu a notícia sabe disso, e sabe que se colocasse no texto em percentual o número de homicídios para tentar uma crítica a religião cristã, seu argumento seria ridículo, por isso em parte ele indica números percentuais, e em parte ele dá números absolutos. 56 mil causa um impacto mais forte do que menos de 0,5%. (0,028%) 

Não é nada inocente deixar de lado os estudos apresentados na série o Mapa da Violência (5) e nem sequer tentar correlacionar a situação econômica e política do Brasil com o aumento da violência em geral. O comentário faz de conta que o fato de a Suécia ter um PIB Per Capita 60.430,22 USD contra um PIB Per Capita de 11.208,08 USD ‎ no Brasil, não influencia em nada. Você sabe como é, o problema é a religião e não a economia ou sequer a política.

No estudo anteriormente mencionado é feita uma citação que ajuda a entender o jogo de palavras que tenta jogar sobre a religião a responsabilidade da violência no Brasil. (4)

“Assim, Chauí (1980) e Velho (1996a), não justificam a violência como consequência do estado de empobrecimento da população, mas vinculam-na à perda de referenciais éticos, própria de um novo modus vivendi, própria de uma época social dita pós-moderna.”

Notou que para pessoas do tipo de Chauí o “estado de empobrecimento da população” em nada contribui para o aumento da violência? Ela nem considera que a perda de referências éticas possa se dar justamente pelo aumento das dificuldades do cidadão em satisfazer suas necessidades mais básicas.

Nas palavras dela “a situação atual é apresentada como favorável à criminalidade e a transgressão porque as regras, normas e leis perderam sua eficácia como cimento efetivo, moral e legal das relações sociais“. (6) É bom lembrar que o artigo dela foi escrito em 1980, mas está incrivelmente atual.

Agora, nesse cenário, não ficaria estranho dizer que “as regras, normas e leis que funcionam como cimento moral das relações sociais” e que mantém a maior parte da população não violenta, provém também da religião?

Outro “fato desconhecido”, é que as regiões que mais recebem benefícios assistências do governo federal estão entre as mais violentas do país. E nem se diga que os benefícios são direcionadas à elas como forma de coibir a violência, pois o que ocorre é que a medida que os benefícios aumentam a violência aumenta junto! Basta ver a série de estudos Mapa da Violência. Agora se pode perguntar se esse é um dado com maior ou com menor relevância do que a religião do indivíduo?

Outro ponto é a união do governo federal através do Foro de São Paulo com o maior grupo de narcotraficantes das Américas, as FARC. Esse fato é um dado com maior ou menor relevância do que a religião do indivíduo? E o consumo de drogas no Brasil, que aumenta enquanto no resto do mundo diminui? Não é um mistério quando se leva em conta a já mencionada parceria do governo federal com grupos de narcotraficantes, e também não é nenhum “fato desconhecido” que trafico e violência estão inter-relacionados.

Sem considerarmos a questão do porte de armas na Suécia que é de 31,6 armas por 100 habitantes (7), enquanto no Brasil se luta para desarmar a população (20); sem considerar que de forma estranha no Brasil jovens com 16 anos são imaturos para assumirem seus crimes, enquanto (8) jovens com 12 anos são considerados maduros para decidir sua vida sexual (9), se poderia questionar a razão de o governo brasileiro estar fechando escolas e abrindo presídios (10,11). Será que esse fato tem maior ou menor relevância que a religião do indivíduo?

Entretanto, aqui com meus botões, considero que um ponto que pode também estar contribuindo para o fechamento de prisões é alguma alteração no modo como as penas possam estar sendo aplicadas. Talvez o foco em reabilitação de prisioneiros ou sentenças alternativas para crimes relacionados a drogas tenha alguma influencia na quantidade de presos, o que não significa que os crimes tenham cessado. É importante considerar o quanto tem crescido a tendência a “relativização” na aplicação das leis.

Outro fato que parece conhecido, é que um país que ocupa o 79º lugar no ranking do IDH (12) deve ter políticas efetivas que melhorem o sistema educacional e coíbam efetivamente os crimes. Se não temos isso, então é a religião que leva a culpa?

E no caso brasileiro é bom refletir também sobre o sistema educacional vigente. Pensar sobre causas e efeitos. Será que mesmo Paulo Freire sendo declarado Patrono da Educação no Brasil, a influência não apenas de suas ideias, mas de todo o pensamento sócio-construtivista tem mesmo ajudado o país? (13) E ainda que a ONU tenha feito declarações a favor de Paulo Freire (14), um fato conhecido é a persistência do Brasil sempre entre os piores do mundo no quesito educação. (15,16,17,18,19) Seria realmente tão sem sentido relacionar entre as causas da má qualidade da educação no Brasil o método vigente?

Quando notamos o desleixo no quesito educação, conseguimos entender como alguém defende a ideia da foto lá no início da postagem. A pessoa não aprendeu a contextualizar uma informação. Não consegue mais encadear racionalmente o que seja causa e seus possíveis efeitos, tampouco as implicações de uma ideia que se propõe livremente a defender. Isso, é claro, supondo que ela (a pessoa) ao menos esteja sendo um pouco honesta com relação aquilo que escreveu, e não apenas uma agente de propaganda a serviço de uma ideologia que nem compreende.

Allan Roberto Regis.

Referências.
1 – Líderes evangélicos apoiam torturados da CIA.

2 – Estimativa de população na Suécia.

3 – Estimativa de população no Brasil.

4 – Moralidade e homicídio: um estudo sobre a motivação do transgressor.

5 – Mapa da violência 2014.

6 – A não violência do brasileiro – Um mito interessantíssimo.

7 – Os 10 países com mais armas por habitante.

8 – 18 razões para a não redução da maioridade penal.

9 –  Redução da idade para o crime de estupro de 14 para 12 anos.

10 – Brasil fecha escolas e abre presídios.

11 – Brasil fechou 11% de suas escolas entre 2001 e 2011.

12 – IDH do Brasil melhora e supera a média da AL.

13 – Paulo Freire é declarado patrono da educação brasileira.

14 – ONU responde manifestantes que pediram “basta de Paulo Freire”.

15 – Em ranking da educação Brasil fica em penúltimo.

16 – Brasil se distancia da média mundial em ranking de educação.

17 – Brasil fica em 88º lugar em ranking da educação da Unesco.

18 – Brasil é 38º  – de 44 países – em teste de raciocínio PISA.

19 – PISA – Desempenho do Brasil piora em leitura e “empaca” em ciências.

20 – 20 fatos que comprovam que o porte de armas deixa a população mais segura.

Pandemia – omissões e efeitos.

Todo mundo concorda que houve um acobertamento do governo chinês com relação ao vírus. Igualmente é sabido que durante esse acobertamento eles bloquearam as viagens de Wuhan para o restante da China, mas não bloquearam as viagens de Wuhan para o restante do mundo. Talvez isso explique a razão de pouquíssimos casos terem sido registrados em Pequim, Xangai, Shenzhen ou Guangzhou.

Isso foi intencional?  Bom… só o que podemos fazer é avaliar as ações. Vejamos o que aconteceu com a Itália e depois com o restante da Europa.

Há uma enorme presença chinesa na Itália. Eles possuem grande parte do país. Tem fortes investimentos no futebol, isso torna natural a presença chinesa no país. Vale dizer que Nova York pegou o vírus da Europa e a Europa pegou a vírus da Itália.

Houve a intenção deliberada por parte do governo chinês de interromper viagens dentro do país e não viagens ao exterior. Eles estavam cientes do que ocorria em Wuhan e permitiram que o vírus saisse de Wuhan ao mesmo tempo que bloquearam o avanço interno.

Um vídeo bem elucidativo é aquele em que Xi Jinping anda pelas ruas de Wuhan acenando para as pessoas em suas casas, como se fosse um líder eleito, como se fosse um igual entre o povo. E ele está usando apenas uma máscara azul!

Xi Jinping não é um líder eleito. Quem não o apoiar pode muito bem levar um tiro, ainda que faça parte do PCC. Ele acumulou mais poder individual do que qualquer outro líder deste de Mao Tsé-Tung. Então, ele anda pelas ruas usando apenas uma  máscara azul. Se naquele momento ainda houvesse algum risco ao líder vitalício, o “supremo”, ele andaria pelo marco zero com apenas uma máscara no rosto e não com o traje completo de proteção? O fato de ele estar andando e acenando  significa que naquele momento ele sabia que estava seguro andando pelas ruas de Wuhan.

Também é preciso compreender que alguém com a importância singular do líder comunista chinês não anda pela ruas sorrindo e acenando, gratuitamente. Tudo é, no fim das contas, uma grande propaganda. E aqui caberia até mesmo uma extrapolação, um exercício imaginário quem sabe… Não seria nada estranho se os chineses anunciassem a cura e a disponibilizassem para o restante do mundo, na tentativa de construirem uma imagem de “grandes humanitários” para si mesmos.

É claro que tudo isso soa como “teoria da conspiração”. Não se pode imaginar uma “guerra biológica”, não se pode imaginar uma “retaliação ao acordo comercial renegociado por Trump”, não se pode perguntar sobre as origens do vírus e como chegou aqui. Qualquer menção, qualquer insinuação é creditada a um efeito de doença mental. É tudo loucura, a verdade está apenas com o Partido Democrata nos EUA, a verdade está apenas com a esquerda em geral. Eles podem xingar sem medo de represálias ou punições. Eles podem mentir sem medo já que suas agências de checagem não se preocupam em chegar aquilo que eles dizem. Não é que eles monopolizem a verdade ou a mentira, é que eles apenas não distinguem uma coisa da outra, tudo serve se for para conquistar o poder.

Tendo toda essa manipulação de informação em mente é que devemos avaliar, de forma objetiva, os pedidos que exigem que o governo comunista chinês seja responsabilizado pelos efeitos da pandemia no mundo.

Não. Não se trata aqui de xenofobia, palavra que facilmente brota na boca de hipócritas. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que a China vive sob um regime comunista em que as liberdades individuais, tão bem conhecidas e de aparência tão óbvia em países democráticos, não são tão óbvias assim por lá. Eis um fator a ser considerado entre as motivações das constantes passeadas em Hong Kong.

É só entendendo a natureza intrincada de tal contexto que se pode compreender as exigência de que a China pague pelos danos causados pelo vírus em todo o mundo. Não se trata de acusar a população chinesa em si, mas de responsabilizar um governo por suas omissões. O PCC foi omisso no compartilhamento de informações vitais para outros países, sendo absurdamente apoiado e defendido pela OMS em todas as mentiras. É importante compreender a extrema má fé não apenas de um governo que para evitar a propagação interna do vírus fecha e impede a circulação de pessoas do marco zero para outras cidades internamente, ao mesmo tempo que permite a saída de pessoas do marco zero para o restante do mundo, mas também a enorme canalhice de uma instituição como a OMS que sabendo de tudo isso recomendava que outros países não fechassem suas fronteiras.

As máscaras estão caindo ao mesmo tempo em que a realidade se torna mais cruel do que a ficção jamais poderia ser.

Xi Jinping em Wuhan. Vídeo.

Texto publicado originalmente em 20 de abril de 2020.